Defesa de Bolsonaro nega ‘ato criminoso’ e afirma que vai recorrer da decisão de prisão | Política

Em nota, os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser afirmam que Bolsonaro “não descumpriu qualquer medida” estabelecida por Moraes.

Segundo a defesa, “a frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso”.

Como afirmou em sua decisão, Moraes entendeu que houve descumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro pela divulgação de uma mensagem dele para manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo (3).

No Rio, um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), discursou e transmitiu mensagem de voz do pai pelo celular aos apoiadores. A mensagem em questão foi a mencionada pela defesa. O parlamentar publicou o vídeo desse momento em seu perfil nas redes sociais e depois apagou.

Bolsonaro é réu no STF por crimes contra a democracia. Desde 18 de julho ele é obrigado a seguir medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar e a proibição de usar redes sociais ou de se manifestar por perfis de terceiros. Em 24 de julho, após cobrar explicações pela publicação de entrevistas nas redes sociais, Moraes advertiu o ex-presidente que um novo descumprimento poderia resultar numa ordem de prisão.