segunda-feira, novembro 10, 2025
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Parlamentares bolsonaristas ocupam plenários da Câmara e do Senado para barrar votações | Política

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Parlamentares bolsonaristas ocuparam as mesas diretoras dos plenários da Câmara e do Senado nesta terça-feira (5) em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato – que impediu a abertura das sessões legislativas – acontece após a oposição declarar que estará em obstrução enquanto o projeto da anistia e o impeachment de Moraes não forem pautados no Congresso.

Parlamentares da base do presidente Lula questionam ocupação e cobram que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), retorne à Casa Legislativa para restabelecer a ordem. Motta está fora de Brasília.

“Nós ligamos para o presidente Hugo Motta que estava em um evento na Paraíba. É responsabilidade do presidente da Casa restabelecer a ordem”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). “Foi um sequestro da mesa do Parlamento, foi um atentado grave”, ressaltou.

Parlamentares bolsonaristas decidiram “ocupar” o Plenário das duas Casas usando vendas nos olhos e na boca com o objetivo de protestar e impedir a realização da sessão legislativa. Com isso, as sessões não foram abertas.

No Senado, o Plenário está fechado e a Mesa está ocupada por parlamentares. O filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), inclusive, deu entrevista à GloboNews ao vivo, sentado na cadeira de Davi Alcolumbre (União-AP). Na Câmara, os deputados também se sentaram nos lugares ocupados pelos membros da Mesa Diretora da Presidência.

Parlamentares da base questionam ocupação

Deputados da base do governo questionaram a ocupação. “O que está acontecendo aqui é inaceitável. Ninguém pode parar os trabalhos da Casa assim. Isso é a continuação de um golpe”, declarou Lindbergh. Segundo ele, o movimento “tem um só objetivo: livrar a cara do Bolsonaro” e é uma “chantagem contra o país”. Para o petista, que falou rodeado de deputados da base governista, “é inaceitável” que a oposição tente impor à força a pauta da anistia.

O líder do PSB na Câmara, deputado Pedro Campos (PE), também questionou o movimento da oposição e disse que há confiança de que Motta vai continuar pautando a Casa de acordo com colégio de líderes. “O Colégio de líderes decidiu, por ampla maioria, que anistia não seria pautada”, afirmou.

Para o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) “o direito à obstrução existe, mas ele acontece com a sessão em andamento. O que está acontecendo lá é diferente”. “Já tentamos abrir a sessão mais uma vez e eles estão impedindo a sessão de ser aberta e isso precisa ser caracterizado.”

Os deputados defendem que a manifestação seja levada ao Conselho de Ética. O líder da Rede, deputado Túlio Gadelha (Rede-PE), comparou a atitude à depredação do 8 de janeiro de 2023. “Essa atitude que presenciamos hoje diz muito sobre o 8 de janeiro. Eles estão novamente ocupando as instituições. Eles agora tentam impedir o Parlamento de funcionar”, declarou. Para ele, é importante “contabilizar o prejuízo que esses parlamentares estão dando” ao impedir os trabalhos e estimar o custo diário do Parlamento.

A deputada Erika Hilton (Psol-SP) classificou o ato como “covarde”. “Essa não é a Casa da família Bolsonaro, é do povo brasileiro, e os trabalhos têm que avançar”, reforçou a parlamentar.

Projetos de interesse do governo podem ser afetados

A manifestação impede o andamento dos trabalhos e há projetos de interesse do governo que precisam ser analisados. Entre os citados, estão o aumento da isenção do salário mínimo para quem ganha até dois salários mínimos – já aprovado pela Câmara, mas que ainda precisa ser votado pelo Senado. Segundo Lindbergh, o movimento atrapalha a votação do projeto que é de interesse da população.

Há ainda outros projetos importantes para o governo que precisam ser votados, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, o Projeto de Lei que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, bem como a Medida Provisória da Tarifa Social e a Medida Provisória alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – que propõe a taxação de bets e bancos.

“Cabe ao presidente da Câmara chegar aqui e restabelecer a autoridade, é importante que ele chegue, assuma sua cadeira e coloque os projetos e atividades legislativas para avançar “, disse Lindbgrh. Segundo o parlamentar, Hugo demonstrou “grande contrariedade” à ocupação. “Estão desafiando a autoridade dos presidentes”, completou Lindbergh. “Se eu fosse o presidente da Câmara eu estaria revoltado.”

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