Alcolumbre convoca sessão remota para evitar ocupação da oposição e diz que Congresso ‘não será refém | Política

“Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, registrou o amapaense em nota enviada pela sua assessoria.

Desde terça-feira (5), senadores que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam as cadeiras da Mesa Diretora de forma a impedir que sejam conduzidas as votações no plenário. Ações semelhantes ocorrem na Câmara em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente determinada pelo ministro Alexandre de Mores, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles condicionam a liberação dos espaços à tramitação do projeto de anistia de condenados pelo 8 de janeiro, do fim do foro privilegiado e do pedido de impeachment de Moraes.

Também em resposta à estratégia bolsonarista, Hugo Motta convocou sessão para noite desta quarta-feira e ameaçou suspender deputados que tentarem atrapalhar o andamento dos trabalhos.

No Senado deve ser votado nesta quinta-feira, por meio do sistema remoto, o projeto de lei (PL) que atualiza a tabela mensal do Imposto de Renda para garantir a continuidade da isenção para quem recebe até dois salários mínimos, que já está em vigor por meio de uma medida provisória (MP). Por substituir a MP, o projeto precisa ser aprovado ainda esta semana, já que ela perde seus efeitos na próxima segunda-feira (11).

“Determinei que a sessão deliberativa do Senado Federal de amanhã, quinta-feira (7), seja realizada temporariamente em sistema remoto”, divulgou Alcolumbre. “A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada. Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos”.