segunda-feira, novembro 10, 2025
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Eztec prevê voltar aos lançamentos para classe média, mesmo com juros altos | Empresas

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A incorporadora Eztec divulgou os lançamentos previstos para os próximos meses. Dos cinco projetos anunciados, quatro são voltados para a classe média e um é para o segmento econômico, dentro do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

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Diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Emilio Fugazza afirmou, em teleconferência com analistas, nesta sexta-feira (8), que a Eztec caminha para um semestre com lançamentos que têm a “cara” da empresa. A incorporadora é tradicionalmente ligada a projetos de média renda, mas, nos últimos trimestres, tem se lançado ao alto padrão — o que incluiu a compra de participação na Adolpho Lindenberg — e também no MCMV, via parcerias com outras empresas.

Projetos na Saúde, na Mooca e em São Caetano

Os projetos para classe média ficam na região da Saúde e da Mooca, na cidade de São Paulo, e também em São Caetano. “Entendemos que esse setor ficou mal atendido”, disse o vice-presidente da Eztec, Flávio Ernesto Zarzur. “Acreditamos que, por ter pouca oferta desse produto, deve aparecer demanda”.

A dificuldade, afirmam os executivos, é a taxa de juros atual, que pressiona mais a classe média do que o segmento econômico — que conta com a proteção do MCMV — e a alta renda.

Expectativa quanto à queda de juros

A expectativa da companhia, segundo Zarzur, é que os lançamentos feitos agora – que serão repassados aos bancos para a tomada do crédito imobiliário apenas daqui a dois anos (etapa só acontece após finalização dos projetos) – encontrem uma taxa Selic já reduzida, por volta de 12% ao ano, o que deve baratear o financiamento imobiliário. Isso seria “mais digerível para as pessoas”, disse Zarzur.

A EZTec efetuou, no primeiro semestre, a entrega de R$ 296 milhões em empreendimentos e deve entregar mais R$ 2,3 bilhões até o final do ano. Entregas serão um teste para a capacidade dos compradores de conseguirem obter o financiamento imobiliário.

Fugazza afirmou que os bancos estão “se esforçando” para enquadrar o cliente no crédito, na hora do repasse. Por vezes, começam com uma taxa maior e, ao perceber que poucos teriam renda suficiente, a reduzem. “Temos conseguido fazer repasse mais perto de 12% ao ano mais TR”, disse Zarzur, enquanto no mercado já se fala em mais de 14% ao ano.

O cliente que não se enquadra pode optar pelo financiamento direto com a incorporadora. A carteira de alienação fiduciária da Eztec, que responde por essas vendas, cresceu 8% no primeiro semestre, em relação ao final de 2024, para R$ 535 milhões, e há perspectiva de novos aumentos, com o volume maior de entregas.

O recurso necessário para essas vendas é uma das justificativas dadas pela incorporadora para manter seu patamar de distribuição de dividendos em 50% do lucro trimestral. Fugazza afirmou que não é uma projeção, mas um “direcionamento da capacidade” que a companhia possui no momento.

Novo crédito imobiliário

Há mudanças em estudo para a estrutura do financiamento imobiliário, como reportado pelo Valor nesta sexta-feira (8). A principal delas passa por não mais exigir que 65% dos recursos da poupança sejam para o crédito imobiliário, mas dando incentivos para que os bancos usem o recurso com essa modalidade de financiamento.

Zarzur afirmou que a incorporadora “é contra qualquer mudança”, por entender que deve haver uma exigência do uso da poupança no crédito imobiliário. “O nosso setor vive basicamente de crédito imobiliário”, lembrou Fugazza.

Ele ressaltou que a melhor saída para aumentar a disponibilidade do financiamento é ter uma redução da taxa de juros da economia, o que já reduziria o custo de outros instrumentos usados para captar recursos para o setor, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

Entidades do setor estão participando das discussões, em Brasília.

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