segunda-feira, novembro 10, 2025
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É difícil negociar tarifas ‘sob a mira de uma arma’, mas ‘sanidade’ deve prevalecer, diz ex-economista-chefe do FMI | Mundo

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Em meio à imposição das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, o economista indiano Raghuram Rajan afirma que é complicado alcançar acordos comerciais, pois é “difícil negociar sob a mira de uma arma”, mas que ao mesmo tempo existe a “esperança de que a sanidade prevaleça e que se chegue a algo muito mais razoável.”

Rajan é professor de Finanças da Universidade de Chicago, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-presidente do banco central da Índia.

Na última semana, Trump impôs uma tarifa adicional de 25% às importações da Índia, por conta de barreiras a produtos americanos e pelas compras indianas de petróleo da Rússia. Agora, as taxas contra a Índia chegam a 50%.

“A Índia exporta cerca de US$ 80 bilhões em mercadorias para os EUA, e essas tarifas tornarão grande parte dessas vendas inviáveis. Mas lembre-se de que os EUA também exportam US$ 40 bilhões para a Índia, e parte desses US$ 80 bilhões é proveniente de empresas americanas, como a Apple, que exporta mercadorias para os EUA. Portanto, não é que os EUA não se prejudiquem também, em certa medida, ao fazer isso” , disse Rajan em entrevista exclusiva ao repórter especial Marcos de Moura e Souza, do Valor.

Para o economista, as negociações internacionais das tarifas parecem “um exercício de poder por parte dos Estados Unidos” e não uma busca por acordos comerciais.

“Se os EUA dissessem: ‘Não estávamos nos importando com isso até agora, mas agora estamos tentando pressionar a Rússia.’ A Índia talvez tivesse aceitado. Mas tornar isso uma cobrança pública e lançar ameaças com base em tarifas torna tudo mais difícil.”

Sobre as negociações entre os dois países, Rajan consegue observar os argumentos de ambos os lados.

“Para ser justo com os EUA, há áreas em que a Índia tem mesmo muitas barreiras, como tarifas altas. E, para ser justo com a Índia, há áreas em que a Índia considera sua população particularmente vulnerável, especialmente devido aos altos subsídios à agricultura nos EUA. A agricultura indiana é muito menor do que a americana e muito mais pobre. Portanto, abrir a agricultura rapidamente e de forma irrestrita seria problemático para muitas pessoas pobres na Índia.”

O economista vê com bons olhos a existência de alianças mais amplas entre países para tentar negociar acordos comerciais, incluindo as conversas entre Índia e Brasil sobre o incentivo a investimentos e comércio. Porém, ele acredita que, como a União Europeia, Japão e Reino Unido já conseguiram seus acordos com os EUA, “provavelmente é um pouco tarde para reunir todos” os países em uma coalização.

Leia a entrevista completa no link.

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