segunda-feira, novembro 10, 2025
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Tarifaço dos Estados Unidos lidera discussões nas redes sociais em julho | Brasil

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A decisão do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de taxar em 50% as exportações brasileiras liderou a discussão nas redes sociais em julho. O assunto alcançou 15% do total de postagens relacionadas aos temas de comportamento, bem-estar, cultura e ESG, de acordo com levantamento da Ponto Map, agência de análise e levantamento de dados.

No debate virtual, prevaleceu o possível impacto no cotidiano que a medida do governo americano causará. Quando um tema complexo e distante — como um conflito comercial entre países — é traduzido em algo que impacta diretamente o orçamento e a rotina das pessoas, o assunto imediatamente se torna mais relevante, diz a CEO da Ponto Map, Giovanna Massulo.

Segundo ela, os temas de economia são, muitas vezes, considerados complexos pela opinião pública. “Há dez anos, acompanhamos o debate sobre a agenda do país nas redes sociais e a economia sempre esteve entre os eixos de menor engajamento”, afirma. “Ganha relevância quando entra no cotidiano, e o melhor exemplo é a inflação. As redes sociais funcionam como um termômetro de interesse coletivo, o engajamento cresce porque as pessoas sentem que aquela notícia tem a ver com elas — com sua mesa, seu orçamento, sua vida.”

Para Massulo, as manifestações, em sua maioria, celebraram a possível redução nos preços da carne e do café com a pausa na exportação. Ela explica que, em 74% das postagens, o público é apartidário e demonstra apoio ao Brasil, citando a soberania nacional e, ainda, criticando o governo americano por considerarem injustas as taxações.

Para muitos internautas, diz, essa medida internacional afronta diretamente a nação, pois toca em valores profundos, como orgulho e identidade nacional. “Apesar das críticas ao próprio país, o brasileiro reage quando sente que o Brasil está sendo desrespeitado”, explica. “O tarifaço de Trump foi interpretado como um gesto hostil e desrespeitoso, e isso explica a grande mobilização digital em torno do tema.”

Em toda essa manifestação, o governo brasileiro é o maior beneficiado, com 67% das manifestações de apoio. Para Massulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo associado à defesa da soberania e dos interesses nacionais.

Desde a quarta-feira (29), quando Trump excluiu vários produtos da sobretaxa de 50% e anunciou sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, os internautas majoritariamente se manifestaram favorável ao magistrado. “O bom humor prevaleceu no deboche às penalidades impostas ao magistrado — que no final não o afetam diretamente. Moraes, em um único dia, teve 83% de aprovação da opinião pública, sendo 83% de pessoas sem preferência partidária e 17% de pessoas progressista”, diz.

Já na dimensão negativa, o público entrou no debate trazendo preocupações com o impacto que a medida pode causar na inflação, afirma a CEO. “A repercussão da imprensa nas redes compartilha o mesmo cenário e avança para a preocupação com importação de insumos médicos — que teria o potencial de aumento de 30%, após o início da taxação.”

Se não houver desdobramentos no caso, o engajamento arrefecerá, segundo Massulo. Ela explica que a mobilização virtual tende a seguir o ritmo dos ciclos noticiosos: “É intensa enquanto o tema está no centro da agenda pública, mas pode arrefecer rapidamente caso não haja fatos novos”.

Especificamente sobre o tarifaço, ela explica que se manteve a evidência desde o anúncio, dado a expectativa de abertura de negociação e de um possível recuo do governo americano.

A pesquisa foi produzida a partir da análise de publicações feitas no X, BlueSky, Instagram, perfis públicos no Facebook e YouTube.

 — Foto: Pexels
— Foto: Pexels

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